Até o dia 12 de maio de 2020, foram confirmados no Brasil 177.589 casos, sendo 72.597 casos recuperados e 12.400 óbitos (881 nas últimas 24h), segundo informações oficiais do Ministério da Saúde.
Grupos de Risco
Sabe-se que a expectativa de vida do brasileiro aumentou nos últimos anos, motivo, inclusive, de discussões para se aumentar a idade para concessão da aposentadoria pelo INSS.
Logo, é evidente que o Brasil é um país com vários idosos, e os cuidados em tempo de pandemia devem ser bastante intensos, pois, conforme poderá ser visto a seguir, eles encabeçam o número de óbitos provocados pela Covid-19.
Desta feita, neste post iremos tratar dos principais grupos de risco:
- Idosos;
- Gestantes;
- Diabéticos e Obesos;
- Hipertensos e Cardiopatas;
Idosos
Os idosos são considerados grupos de risco por serem indivíduos com alterações naturais no sistema imunológico. Isso se agrava quando o idoso é portador de uma ou mais comorbidades, como problemas cardíacos, diabetes e/ou hipertensão.
Segundo uma análise multivariada promovida pela Universidade de Nova Iorque, pessoas de sexo masculino, idade acima de 75 anos, portadoras de doença renal crônica, diabetes, obesidade e/ou insuficiência cardíaca, tiveram um maior risco de hospitalização provocada pela COVID-19.
A análise também mostrou que a idade foi de longe o preditor mais poderoso de hospitalização, pois os adultos com mais de 75 anos tiveram 67 vezes mais chances de serem hospitalizados e adultos entre 65 e 75 anos, tiveram 11 vezes mais chances de serem hospitalizados que adultos entre 19 e 44 anos.
Assim, observa-se assim que o maior fator de risco é a idade avançada do paciente.
Gestantes
Segundo estudo divulgado pelo O Jornal de Medicina de New England, em 13 de abril, todas as mulheres que se apresentaram para parto em dois hospitais no norte de Manhattan, foram testadas para SARS-CoV-2 na admissão e avaliadas se haviam sinais de febre e outros sintomas de COVID-19.
Poucas mulheres tiveram febre ou outros sintomas de COVID-19 na admissão, mas todas as que tiveram apresentaram resultado positivo para o vírus SARS-CoV-2 .
Entre as mulheres assintomáticas e com teste positivo na admissão, três desenvolveram febre durante a breve internação hospitalar, sendo que uma que apresentou resultado negativo na admissão também desenvolveu sintomas e teve um teste positivo três dias após o primeiro.
O importante é que estes são alguns dos primeiros dados sobre a prevalência da infecção por coronavírus em mulheres jovens sem febre ou sintomas respiratórios durante o período em que a epidemia estava crescendo exponencialmente em Nova Iorque.
Diabéticos e Obesos
Os diabéticos são do grupo de risco e estão em segundo lugar quando falamos de óbitos relacionados a alguma comorbidade, e quando falamos principalmente da Diabetis do tipo 2, ela se torna um fator de risco para o agravamento de diversas infecções, pois prejudica a imunidade do indivíduo.
Ainda sobre o estudo apresentado pela Universidade de Nova Iorque, foi identificado após análises, que pessoas com IMC maior que 40 tiveram 06 vezes mais chances de serem hospitalizadas e quase 02 vezes mais chances de ter doença grave quando hospitalizadas quando comparadas a aqueles com IMC maior que 30.
As pessoas com IMC entre 30 e 40 tinham probabilidade 04 vezes maior de serem hospitalizadas, e quase 40% mais chances de ter doença grave quando hospitalizadas.
Em complemento às informações acima, confira a tabela apresentada pelo Ministério da Saúde referente ao IMC de pessoas adultas entre 20 e 59 anos:
Hipertensos e Cardiopatas
Quando o assunto é morte por Covid-19, os idosos são os mais vulneráveis, como já citamos, todavia, se este apresentar problemas de coração (cardiopatia) ou problemas de hipertensão o risco de morte aumenta consideravelmente.
O número de óbitos registrados no mundo por pacientes que tenham alguma doença cardíaca ou de hipertensão é assustador, pois ambas estão diretamente ligadas à circulação sanguínea.
Outros Grupos de Risco
Citamos abaixo os outros Grupos de Risco listados pela OMS, Ministério da Saúde e estudos recém divulgados de diversas universidades pelo mundo.
- Pessoas com Doenças Pulmonares;
- Pacientes com Doenças Renais;
- Pacientes com Doenças Hematológicas;
- Portadores de Doenças Hepáticas;
- Pessoas com Doenças Neurológicas;
- Obesos;
- Asmáticos;
- Imunodepressão (Câncer, AIDS e etc);
- Síndrome de Down (não é uma comorbidade) ;
- Puérpera (não é uma comorbidade);
Notícias boas
Como temos mais notícias boas do que ruins, pois o número de recuperado, até o dia 13 de maio de 2020, supera a casa de 72 mil casos. Abaixo deixamos um vídeo repleto de esperança.
Um homem de 86 anos, com 13 doenças crônicas foi curado da Covid-19 na China conforme relatório assinado por cinco médicos que acompanharam o caso.
Por fim, concluímos que isso nos leva a pensar que o momento, além de ser de reflexão, é de cuidados com a nossa saúde. A boa alimentação aliada à prática de atividades físicas, deixarão nossa imunidade em dia para combater, sobretudo, o coronavírus… Então, vamos juntos nessa.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Hipertensão – Revisão Científica Semanal
Sociedade Brasileira de Hipertensão
Folha de São Paulo
Painel Coronavírus – Ministério da Saúde